Adaptados à pandemia

Atletas do Novo Horizonte mantêm rotina de treinos

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Anselmo Cunha (Especial/Diário)
Cerca de 130 atletas, dos 4 aos 15 anos, treinam três vezes por semana no CT Mora dos Cardeais, no Bairro Medianeira

O Novo Horizonte, uma das equipes mais tradicionais de categorias de base de Santa Maria, mantém as atividades em meio à pandemia. São cerca de 130 atletas, dos 4 aos 15 anos, que treinam uma média de três vezes na semana. Logo que a pandemia chegou ao Brasil, em março de 2020, os trabalhos foram suspensos, mas, em julho, foram retomados. Cuidados como medição de temperatura, uso de máscara, higienização de materiais e distanciamento se tornaram parte da rotina, toda vez que se chega à Morada dos Cardeais, localizada no Bairro Medianeira.

- A gente não esperava um período tão grande de pandemia, e a perspectiva é de que ela não se encerre tão cedo. Acreditamos muito no esporte. Imagina essa criançada toda em casa. Se eles não estivessem treinando, os problemas seriam piores. Dentro da nossa realidade, realizamos trabalhos divididos, já que nosso espaço é grande, e é possível manter um distanciamento - afirma Guilherme Ruy, coordenador do setor de captação do Novo Horizonte.

Na rotina de treinos, as atividades estão voltadas para a parte física e técnica. Há trabalhos de velocidade, força, condução de bola, passe, drible e finalização, tentando evitar o contato e as atividades coletivas.

- É difícil treinar na pandemia. A gente percebe a diferença, ficamos focados nos treinos e seguindo os protocolos. Se não estivéssemos treinando iríamos engordar, perder a forma e o ritmo de jogo - comenta Leonardo Londero, goleiro da categoria sub-11.

Arthur Araujo, meia-atacante da equipe sub-13, cita uma diferença marcante desde que começou a pandemia.

- Antes, todo mundo bebia água junto, numa mesma garrafa, e desde que começou a ocorrer tudo isso, cada um traz a sua - explica o jovem atleta.

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Os pais

O papel dos pais é fundamental. A empresária Mariangela Aita Marconatto costuma acompanhar os treinos do filho Miguel, do time sub-11. Segundo ela, a presença do filho nas atividades serve como uma válvula de escape diante do problema que assola o mundo.

- Os treinos estão sendo importantes. Como as aulas foram interrompidas, os meninos ganharam uma oportunidade para manter a saúde em dia. Quando eles estão aqui, deixam de ficar em frente a televisão, no celular. Não ficam sedentários - opina Mariangela.

Em novembro, algumas rodadas do Estadual da Nova Liga Gaúcha de Futebol Infantil (Noligafi) chegaram a ser disputadas, mas as competições foram paralisadas quando o quadro piorou no Estado. Mesmo sem os campeonatos, o simples treino se tornou algo motivador.

- Sem aulas, o fato de estar treinando já é uma motivação. Vir para o Novo Horizonte, para muitos deles, tornou-se a única atividade - completa Ruy.

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